segunda-feira, 16 de junho de 2008

Num tempo em que se faz contas à vida

Segundo o Instituto de Pesquisas da Paz (Sipri), sediado em Estocolmo, continuou no mundo a corrida ao armamento em 2006 (relatório Junho 2008). Os gastos militares cresceram 6 % em 2007, em comparação com o ano anterior, chegando a mais de 1,2 trilhão de dólares (cerca de 900 bilhões de euros). No período entre 1997-2007, os gastos militares cresceram 37%. Os Estados Unidos respondem por 45% desse total. Este país gastou mais dinheiro em armas que em qualquer outro ano desde a 2ª Guerra Mundial (1939-45) - 547 bilhões de dólares, 3,4% mais que em 2006. A Grã-Bretanha vem em segundo, com 59,7 bilhões de dólares, seguida pela China, que passou a França no terceiro lugar. O país asiático gastou 58,3 bilhões de dólares.
Após relatar a crescente e enorme influência da estrutura militar e de grandes grupos económicos nas esferas do poder, afirmava Eisenhower em 1961, no seu discurso de despedida após 8 anos na Presidência dos EUA:
«Nas esferas da governação, devemos proteger-nos contra a aquisição de uma influência indesejada, procurada ou não, por parte do complexo militar-industrial. Existe, e permanecerá, o potencial para um surto desastroso de poder mal concentrado. Não devemos nunca permitir que o peso desta conjugação ameace as nossas liberdades ou o processo democrático. Não devemos partir do pressuposto de que tudo esteja garantido

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