A verdade é que a dura realidade dos factos prevalece face a cenários um tanto ou quanto ilusórios traçados por uns tantos que fazem por tapar o sol com a peneira. A realidade dos factos é que a população desempregada aumentou 65% em cinco anos, passando de um total de 270,50 mil indivíduos, em 2002, para 448,60 mil, em 2007, isto segundo o INE (Instituto Nacional de Estatística).
Durante estes cinco anos, em que tivemos, note-se, governos de diferentes cores políticas, muito do que se fez e se continua a fazer esteve e está ligado ao controlo das contas públicas, o déficit orçamental obrigou, de facto, a uma política de cinto apertado. O resultado, positivo saliente-se, saldou-se na redução do déficit para margens aceitáveis (entre 2% / 3%), assim como numa maior eficiência da máquina fiscal e de um saldo positivo nas contas da Segurança Social. Isto conta, é um facto, mas há outros factos, aqueles de uma dura realidade que também deve contar.
É que os números valem, mas as pessoas valem ainda mais, bastante mais. Esta realidade do facto do desemprego lembra-nos bem disso mesmo. Colocar junto a este facto outros, tais como, o agravamento das desigualdades sociais, o acréscimo de dificuldades económicas das famílias, a ida para outros países de muitos para fugir ao desemprego, à instabilidade e aos baixos salários, traça ainda uma realidade mais dura.
Já não é de agora, mas é para agora o urgente combate à dura realidade dos factos.
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