
segunda-feira, 23 de junho de 2008
Alegrias e tristezas
Entre alegrias e tristezas o mundo continua a girar. Lá por fora mais do mesmo, os ditames do mercado, alheios como sempre às necessidades bem reais das pessoas, impulsionam os ganhos conseguidos com o aumento do petróleo. Não é tanto a lei da oferta e da procura que dita este aumento generalizado, disto não tenhamos dúvidas. Os maiores produtores de crude já o disseram. Pagamos agora a factura da ausência de produtos financeiros sólidos que satisfaçam generosamente os investidores e especuladores. A política do aqui e do agora no domínio económico esgotou-se. Há que dar lugar à política do aqui, agora e para o futuro no domínio social, pensado de forma sustentada e coerente. É hora sobretudo de "ensinar a pescar", e não tanto de "pescar sem ensinar".
Por cá, o tempo gira de igual modo entre tristezas e alegrias. Umas quantas alegrias vindas de outras tantas vitórias no Europeu de Futebol, uma ou outra tristeza na sequência da eliminação da selecção nacional nos quartos de final frente à Alemanha. Mais uma vez se provou que os erros pagam se caro, e que a lição estuda se antes do jogo não a meio. Nestas coisas antes de se desculparem os erros devem se evitá-los. Uma palavra de apreço para a inegável qualidade de Deco e a inegável energia de João Moutinho.
Uma futura e espero que provável alegria ainda: a mais que justa aplicação da chamada taxa Robin dos Bosques aos lucros especulativos das petrolíferas.
A terminar uma tristeza: confirmou se o que já se sabia à muito, o Ministério da Educação governa única e exclusivamente com base nas estatísticas e nos rankings, os exames nacionais do 9º e 12º anos comprovadamente fáceis disso são exemplo.
O futuro não é o futuro estatístico é um futuro de pessoas realmente preparadas para as dificuldades.
segunda-feira, 16 de junho de 2008
Num tempo em que se faz contas à vida
Segundo o Instituto de Pesquisas da Paz (Sipri), sediado em Estocolmo, continuou no mundo a corrida ao armamento em 2006 (relatório Junho 2008). Os gastos militares cresceram 6 % em 2007, em comparação com o ano anterior, chegando a mais de 1,2 trilhão de dólares (cerca de 900 bilhões de euros). No período entre 1997-2007, os gastos militares cresceram 37%. Os Estados Unidos respondem por 45% desse total. Este país gastou mais dinheiro em armas que em qualquer outro ano desde a 2ª Guerra Mundial (1939-45) - 547 bilhões de dólares, 3,4% mais que em 2006. A Grã-Bretanha vem em segundo, com 59,7 bilhões de dólares, seguida pela China, que passou a França no terceiro lugar. O país asiático gastou 58,3 bilhões de dólares.
Após relatar a crescente e enorme influência da estrutura militar e de grandes grupos económicos nas esferas do poder, afirmava Eisenhower em 1961, no seu discurso de despedida após 8 anos na Presidência dos EUA:
«Nas esferas da governação, devemos proteger-nos contra a aquisição de uma influência indesejada, procurada ou não, por parte do complexo militar-industrial. Existe, e permanecerá, o potencial para um surto desastroso de poder mal concentrado. Não devemos nunca permitir que o peso desta conjugação ameace as nossas liberdades ou o processo democrático. Não devemos partir do pressuposto de que tudo esteja garantido.»
«Nas esferas da governação, devemos proteger-nos contra a aquisição de uma influência indesejada, procurada ou não, por parte do complexo militar-industrial. Existe, e permanecerá, o potencial para um surto desastroso de poder mal concentrado. Não devemos nunca permitir que o peso desta conjugação ameace as nossas liberdades ou o processo democrático. Não devemos partir do pressuposto de que tudo esteja garantido.»
sexta-feira, 6 de junho de 2008
A dura realidade dos factos
A verdade é que a dura realidade dos factos prevalece face a cenários um tanto ou quanto ilusórios traçados por uns tantos que fazem por tapar o sol com a peneira. A realidade dos factos é que a população desempregada aumentou 65% em cinco anos, passando de um total de 270,50 mil indivíduos, em 2002, para 448,60 mil, em 2007, isto segundo o INE (Instituto Nacional de Estatística).
Durante estes cinco anos, em que tivemos, note-se, governos de diferentes cores políticas, muito do que se fez e se continua a fazer esteve e está ligado ao controlo das contas públicas, o déficit orçamental obrigou, de facto, a uma política de cinto apertado. O resultado, positivo saliente-se, saldou-se na redução do déficit para margens aceitáveis (entre 2% / 3%), assim como numa maior eficiência da máquina fiscal e de um saldo positivo nas contas da Segurança Social. Isto conta, é um facto, mas há outros factos, aqueles de uma dura realidade que também deve contar.
É que os números valem, mas as pessoas valem ainda mais, bastante mais. Esta realidade do facto do desemprego lembra-nos bem disso mesmo. Colocar junto a este facto outros, tais como, o agravamento das desigualdades sociais, o acréscimo de dificuldades económicas das famílias, a ida para outros países de muitos para fugir ao desemprego, à instabilidade e aos baixos salários, traça ainda uma realidade mais dura.
Já não é de agora, mas é para agora o urgente combate à dura realidade dos factos.
terça-feira, 3 de junho de 2008
O sonho é uma constante da vida
que o digam as crianças, o sonho de um amanhã melhor...
que o digam os portugueses que por estes dias apoiam com paixão a selecção de todos nós...
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