quinta-feira, 8 de maio de 2008

Umas quantas considerações

Duas palavras: inaudito e incrível. Inaudito porque quanto mais se conhece dos contornos da história de Josef Fritzl mais se fica com o sentimento de que se trata de uma personagem inaudita, que excede por defeito os parâmetros pelos quais estamos habituados a avaliar o ser humano. Mais uma personagem que pode constar como uma figuração do mal, do absurdo. Incrível porque ficará sempre a pergunta: como pode parte de uma família viver 24 anos sequestrada na cave da sua própria casa sem que, cá em cima, todos os outros se dêem conta (família, hóspedes, vizinhos, polícia e o Estado Austríaco)?!
Quanto vale o exercício do poder, a influência, o governo de um Estado?! Por cá fazemos esta pergunta aos diversos candidatos do PSD, entre eles Pedro Passos Coelho, Manuela Ferreira Leite e Pedro Santana Lopes (ordem cronológica de apresentação das candidaturas). Começamos a procurar a resposta na frase que o marketing político de cada um pretende vender ao país: "O futuro é agora"; "Por Portugal, pelo PSD"; "Portugal: ambição de ganhar" respectivamente. A acreditar no que é dito, o poder vale o futuro e Portugal. Será mesmo este o seu valor?
Do outro lado do oceano fazemos esta pergunta a Barack Obama e Hillary Clinton. E acrescentamos uma outra: para quando o ticket presidencial? Ou o exercíco do poder vale pela obsessão de o ter...
Afinal raramente tenho dúvidas mas até me posso enganar e dizer o que me vai na mente sobre o que tenho feito ultimamente, terá sido este o pensamento de José Sócrates ao dizer: "o senhor deputado disse que há motivos de sobra para censurar este Governo, mas estes são os motivos errados." Com certeza que o Primeiro Ministro mais do que ninguém saberá os motivos certos para censurar este Governo. Enquanto for só ele a saber lá vai exercendo o poder...

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