Perante a tragédia consumada resta acima de tudo a ajuda, ajuda tal que perante uma tragédia humana com milhares de mortos e desalojados (35 mil de acordo com a contagem oficial das autoridades da Birmânia, perto de 100 mil estima a ONU) só se poderá chamar mesmo de ajuda humanitária. Quando se trata, como é caso, de uma tragédia humana que como a própria palavra indica envolve seres humanos porque há tanta relutância em agir quando há manifesta vontade e disponibilidade para o fazer?! Ficamo-nos só pelas palavras de condenação ao regime militar da Birmânia, e a "responsabilidade de proteger" constante da Carta das Nações Unidas. O ser humano em toda a sua fragilidade está antes de qualquer entrave económico, diplomático, de veto de um qualquer representante político, e está antes uma vez que foi exactamente o fundamento para a criação da Sociedade das Nações no pós II Guerra Mundial. Houve quem coloca-se em marcha a guerra em nome de um mundo mais livre e democrático, agora não se pede a guerra, apenas a ajuda a seres humanos altamente fragilizados por uma tragédia.
Por cá assistimos a mais um (já lá vão quinze) aumento do preço dos combustíveis, neste caso três cêntimos. As contas são simples de fazer, uma de somar outra de subtrair. Quem soma: as petrolíferas, as refinarias, os especuladores do mercado financeiro, o Estado (ISP e IVA); quem subtrai: os consumidores, ou seja, a maioria dos portugueses. Resumindo, ganham poucos, perdem muitos. Nem sempre a razão está do lado da maioria, mas neste caso sim, há mesmo razão de queixa.
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