Os indicadores económicos e sociais que têm vindo a público traçam cada vez mais um cenário no mínimo acizentado quanto aquilo que será o panorama futuro da vida dos cidadãos, as taxas de juro dos empréstimos bancários não permitem grandes sorrisos, os aumentos dos salários continuam abaixo da inflação prevista, o crescimento económico é revisto em baixa face às previsões iniciais do Governo, a taxa de desemprego estabilizou mas não dá grandes sinais em querer diminuir, o custo de vida tem aumentado progressivamente, seja no preço dos bens alimentares, seja no preço dos combustíveis. Para além disto, salienta-se ainda que os indicadores sociais dizem nos que há cada vez mais gente no limiar da pobreza, que continuamos a distribuir de forma pouco equitativa a riqueza produzida, o fosso entre ricos e pobres agudiza-se portanto.
Perante este cenário precisa-se, não de eufemismos ou de paliativos para atenuar esta ou aquela maleita, mas de uma atitude séria, responsável e de rigor por parte de todos aqueles que podem e devem ser parte da resposta, sejam eles organismos do Estado ou instituições e organizações da sociedade civil. Não se espere só de um a resposta ao problema. Que cada um, orgãos do Estado incluídos, assuma uma atitude de força, que tenha a ousadia de dizer não (é difícil certamente) perante situações de manifesta afronta ao interesse público. Foi preciso chegar a este ponto para se perceber, por exemplo, que a liberalização do preço dos combustíveis durante estes anos tem sido muito provavelmente uma mega operação de maquilhagem?!
Nenhum comentário:
Postar um comentário