O que vai sucedendo, por vezes, deixa-nos incrédulos, suscitando em nós um verdadeiro turbilhão de emoções. Perguntamos nós como é que o mundo dá tantas voltas em tão pouco tempo, o que à pouco era deixa agora de o ser, não só por o tempo não parar de correr por si mesmo mas também porque as circunstâncias e as pessoas nelas envolvidas tendem a renovar se constantemente.
De onde vem a força, a vontade para o ser humano se auto renovar, onde vai ele buscar esta quando ela parecia não existir?! Não é uma mera capacidade mental ou dita racional que nos dá aquele golpe de asa capaz de renovar o nosso ânimo.
Não sendo contrária à razão parece ser a emoção que nos conduz à transfiguração, à reviravolta anímica. Até porque a raiz da palavra emoção é e-movere, o verbo latino "mover", mais o prefixo "e-", significando "mover para", o que sugere um movimento com vista à sua exteriorização. É neste sentido que as emoções são impulsos para agir, quiçá tão fortes quanto os princípios de uma acção puramente racional.
Pensar num jogo, é também pensar num outro jogo anterior e interior, aquele que se joga entre a razão e a emoção.
Desta maneira talvez possamos entender melhor a essência de um espectáculo como o futebol.
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