A ditadura da imagem. Só aquilo que é visto parece ter valor ou, por vezes, tem verdadeiramente uma existência significativa. Veja se o caso recente do vídeo colocado no you tube que trouxe para a crista da onda a questão da violência no contexto escolar.
Despoletada pelo vídeo surge agora a discussão generalizada sobre o tema, concluindo-se em muitos casos que, afinal de contas, este não é um problema novo, a única novidade é mesmo que desta vez a situação foi filmada. Se a situação fosse parar às páginas de um qualquer jornal, diria se apenas que tinha sido mais um caso, assim como as imagens foram vistas e revistas, este tornou-se no caso.
Veremos pois se quando estas imagens saírem da retina restou algo que tenha ido para além das imagens em causa, que resista às ondas que hão de vir. Mais do que as imagens que duram o instante em que são vistas, ficam os projectos e as ideias que procuram dar sentido às circunstâncias que nos rodeiam.
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